![]() |
SAKINEB: VÍTIMA DA LEI DO ÓDIO E DA HIPOCRISIA |
______________________________________________________________________
A SENTENÇA PODERÁ SER ANUNCIADA A QUALQUER MOMENTO
Entenda o caso Sakineh
As sentenças contra Sakineh se encontram suspensas após a pressão de governos e entidades internacionais, que pedem que o Irã volte atrás na decisão de executar a mulher de 43 anos. Nas últimas semanas, a Justiça iraniana adiou por três vezes a audiência que definiria o futuro da mãe de dois filhos.
Em sua entrevista coletiva semanal, realizada na sede do Ministério, no sul de Teerã, Mehmanparast defendeu as primeiras condenações contra a iraniana.
- Sakineh cometeu dois delitos: um é colaborar no assassinato de seu marido e outro tê-lo traído ao manter relações fora do casamento com outros homens.
O porta-voz também se referiu às recentes declarações dos ministros das Relações Exteriores de Itália e da França sobre sua disponibilidade de manter uma reunião com o chefe da diplomacia do Irã, Manouchehr Mottaki, para discutir a situação de Sakineh.
Para Mehmanparast, essa demanda não faz parte das funções dos ministros de França e Itália, que, segundo o iraniano, não receberam informações corretas sobre o caso de Ashtiani. Para o porta-voz, o assunto não deve ser tratado como uma questão de direitos humanos.
Iraniana recebeu 99 chibatadas por causa de foto
Além de aguardar a morte em uma cela de prisão, Sakineh recebeu 99 chibatadas por causa de uma fotografia publicada no jornal britânico The Times em que uma mulher, que autoridades do Irã dizem ser ela, aparece com o rosto descoberto – algo proibido pelas leis islâmicas. O diário posteriormente informou que tinha se enganado e que a imagem não era da condenada.
Segundo o advogado da iraniana, Javid Kian, o castigo foi executado na prisão de Tibriz, no norte do Irã, onde ela está detida. Sakineh responde pelos crimes de adultério e pelo assassinato de seu marido, em 2004, em cumplicidade com seu suposto amante e um irmão dele.
Kian disse ao jornal The New York Times que não tem contato com Sakineh desde o dia 11 de agosto, quando segundo ele a iraniana teria sido coagida a gravar um vídeo em que admite participação na morte do marido. Mas o advogado afirmou ter sido informado por uma das duas mulheres que estão com ela na prisão de que o castigo de 99 chibatadas já foi executado.
A rede CNN disse ter falado com o filho de Sakineh, Sajad Ghaderzadeh, de 22 anos, que também disse ter recebido informações de dentro da prisão sobre o castigo aplicado à mãe.
Após a publicação da fotografia, o diário britânico fez um pedido de desculpas e informou ainda que, na verdade, a foto publicada pertencia a outra mulher, Susan Herjat, uma iraniana que vive no exílio na Suécia. Em entrevista ao NYT desde a Suécia, Susan confirmou que a foto é dela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário