terça-feira, 5 de julho de 2011

COM A CORDA NO PESCOÇO:




Como esperar o dia de amanhã no Brasil de tantos sofrimentos, de pessoas envolvidas nos crimes que aumenta todos os dias, cadeias superlotadas, escolas não educando como deveriam educar, as famílias se dissolvendo, (brigas, separações, violência e até mortes )? Será que somos predestinados ao comodismo, em aceitar tudo como está, pois a violência se instalou no Brasil de tal forma que pessoas vivem amedrontadas, fechadas em casa, enquanto os bandidos ficam soltos  pelas ruas. Se a população aumenta, é claro que a violência tende a subir, assim como o bandidismo, e se o número de celas antes era proporcional aquela realidade, obviamente que haverá desproporção com a situação vigente, o mesmo se diz em relação às escolas, aos educadores, à segurança, etc; que traz como conseqüência a superlotação carcerária, evasão escolar, e por conseguinte o aumento da criminalidade.

     O Brasil que queremos não é esse que abandona os filhos  para depois puni-los e taxá-los como bandidos. Parece-me que estamos diante de uma luta armada, soldados atirando em pessoas que enveredaram pelas sarjetas da marginalidade e se envolveram na criminalidade, muitas vezes trata-se de jovens que esqueceram de seus valores, e resolveram arriscar-se à revelia da vida.

    Não obstante, diante da calamidade dos presídios, uma lei resolve pôr em liberdade pessoas que ainda não estão preparadas para viver no convívio social, por um único motivo: a maioria dos sistemas penais do Brasil não reassocia os presos com atividades de ocupação profissional, mas o devolvem a sociedade piores que de antemão. Consequência: sociedade mais violenta.

   Somos de fato cúmplices ou reféns desta situação? Será que este pais que arrumou tanto dinheiro para realizar uma copa e olimpíadas não teria dinheiro para investir mais na juventude dos bairros pobres? Nas campanhas eleitorais o dinheiro não falta, o que falta é seriedade neste país, para dar oportunidades à juventude, melhor educação, melhor investimento que traria como retorno imediato um país de esperança, de trabalho e renda, de alegria e aconchego às famílias arruinadas pelas drogas, único caminho fácil encontrados por aqueles que já se perderam no trajeto de difícil retorno. A verdade é que o nosso Brasil cresce para especulação do investimento do capital estrangeiros, porque nós que sentimos no pele sabemos que o crescimento é apenas para os bancos e para a classe empresarial, muito precisa ser feito, a começar pela humildade de reconhecer nossa fragilidade de pais que acelera para o crescimento, mais também desacelera nos programas sócias.             
Pedro Paulo Maia Oliveira