Quando do nosso nascimento, não somos gerados frutos de nossa vontade ou desejo, em outras palavras, não somos culpados por termos nascidos, e nem somos resultado de um planejamento que fizemos, mas uma vez nascidos, Deus nos confiou uma missão: de nos direcionarmos a Ele e encontrá-Lo na sua plenitude e perfeição, amá-Lo acima de todas as coisas, e reconhecê-Lo e amá-Lo também na pessoa do nosso irmão semelhante. Mas diante de tamanha missão perguntamo-nos: como encontrar Deus? Teremos culpa se por acaso não O encontrarmos? Sim, partindo do pressuposto que Deus está próximo, e quer habitar em nós; esse Ser Divino espera o momento de O reconhecermos, indo ao seu encontro; assim também Ele dá sempre um passo ao nosso encontro. Assim como na ciência biológica, o óvulo espera o momento de encontrar o sêmen para ser fecundado, do mesmo modo, Deus quer fazer fecundar em nós a plenitude do Ser Divino presente n'Ele que precisa ser gerado em nós. Como assim? Teremos culpa então, se não O encontrarmos? Assim que nascemos somos direcionados para encontrá-Lo, portando a culpa consiste quando negligenciamos o ciclo natural que nos direciona a Ele; quando nos fechamos em nosso egoísmo e, obstinados no pecado, não abrimos um leque para fluir à percepção do Ser Divino que quer ser manifestado em nós, passamos ao obscuro mundo da vaidade e dos prazeres do pecado. Diante desse mundo que tantas vezes oferece-nos os anti-valores do Reino que desvirtua o ser. Urge então a necessidade de encontrar os valores que nos aproximam de Deus, esses valores que nosso catecismo identifica como virtudes, quais sejam: fé, esperança e caridade, sem as quais não nos salvaremos.
A experiência com Deus exige pois, de nós, essas virtudes que nos são oferecidas por meio dos dons do Espírito Santo que recebemos de Deus.
No parágrafo 1841 do magistério católico são enumeradas as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade que se consolidam como alicerce fundamental e nos direcionam a Deus, e nos moldam e aproximam de Deus e das virtudes morais.
No parágrafo 1841 do magistério católico são enumeradas as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade que se consolidam como alicerce fundamental e nos direcionam a Deus, e nos moldam e aproximam de Deus e das virtudes morais.
No parágrafo 1842 diz que pela fé, cremos em Deus e em tudo quanto Ele nos revelou. Crer em Deus é, portanto o primeiro passo para encontrá- Lo. Não acreditar em Deus é não acreditar na nossa própria existência, pois Ele habita em nós.
No parágrafo 1843 é destacado o papel da esperança, que tem o propósito de confiar naquilo que acreditamos, desejamos e esperamos de Deus: a vida eterna - e as graças para a merecer. A esperança ajuda-nos no amadurecimento da fé, para evoluirmos passo a passo na missão que recebemos desde o nosso batismo, depois que nascemos; portanto devemos também nascer no Espírito: encontrar-se com o criador; perseverar e esperar a manifestação de Deus, que como o Sol no horizonte, quer vir nos visitar como o amanhecer.
No parágrafo 1844 remete-nos o papel da caridade, que se resume em amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o «vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes.
No parágrafo1845 são citados os sete dons do Espírito Santo, concedidos aos cristãos, quais sejam: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. As virtudes serão frutos desses dons espirituais que precisamos pedir todos os dias em nossas orações.
Deus jamais se esconde e está bem próximo de nós. Depressa Ele virá em nosso Socorro se o invocarmos como diz o Salmo 37,22s.
Deus permanece atento às boas obras que praticarmos e não deixará faltar-nos seu auxílio e proteção. Portanto, somente com as três virtudes teologais alcançaremos a salvação e nos sustentaremos nessa caminhada em direção ao Criador. Deus está sempre perto de nós! Shalom! A Paz de Cristo! Salve Maria Santíssima!
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